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Vacina da dengue usada no Brasil é questionada nas Filipinas





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Vacina da dengue usada no Brasil é questionada nas Filipinas  

A Dengvaxia da Sanofi Pasteur, a primeira vacina contra a dengue recomendada pela Organização Mundial da Saúde e aprovada para uso no Brasil, está sendo alvo de sérios questionamentos por parte de profissionais da saúde nas Filipinas, o primeiro país a inseri-la em um programa de imunização em massa.

Alguns profissionais da saúde naquele país temem que a vacina possa fazer mais mal do que bem, aumentando o número de casos graves da doença. Além de Brasil e Filipinas, a Dengvaxia é aplicada no México e em El Salvador.

Os médicos filipinos estão preocupados que a vacina foi lançada antes dos pesquisadores garantirem sua segurança a longo prazo. Segundo o Dr. Antonio Dans, professor da Faculdade de Medicina da Universidade das Filipinas, a vacina, que parece ajudar a prevenir a dengue inicialmente, poderia agravar a severidade da doença dentro de três anos, graças a um fenômeno chamado de "agravamento da infecção dependente de anticorpo".

A vacina tem uma eficácia que não é considerada muito alta, garantindo aproximadamente 65,6% de proteção geral. Ela protege contra os quatro sorotipos da doença, mas contra o sorotipo 2, tem uma eficácia ainda mais baixa, de apenas 47,1%. Quando uma pessoa entra em contato com um dos sorotipos do vírus, seu corpo adquire imunidade àquele sorotipo, mas uma segunda infecção por um dos outros três sorotipos aumentam a gravidade da doença. A preocupação dos cientistas filipinos é que os anticorpos gerados pela vacina possam, na verdade, ajudar o vírus a se espalhar e aumentar a viremia em pessoas infectadas após a imunização.

"A dengue que realmente nos preocupa é a mais severa, não as mais leves", disse Dans em uma reportagem do jornal Straits Times, da Cingapura. "Se uma vacina previne doenças leves, mas causa dengue severa, nós não deveríamos usá-la".

No entanto, como o vírus da dengue infecta mais de 400 milhões de pessoas no mundo anualmente, a vacina era aguardada impacientemente. Em um esforço para conter a propagação do vírus em regiões seriamente afetadas pela doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que a medicação seja introduzida em locais endêmicos enquanto aguardam o processo de pré-qualificação.

Mas, para o grupo de mídia filipino GMA, o programa de imunização não deveria preceder o processo de pré-qualificação, especialmente considerando o conhecimento limitado dos efeitos colaterais a longo prazo que podem ser provocados pela vacina.

 


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