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A empresa britânica de biotecnologia Oxitec segue em frente com os seus planos de liberar centenas de milhões de mosquitos geneticamente modificados para testar uma nova forma de controle da reprodução dos mosquitos Aedes aegypti.
Esta espécie é responsável pela propagação da dengue, vírus da Zika, febre amarela e outras infecções potencialmente mortais.
O primeiro lote de mosquitos foi liberado na semana passada nas Florida Keys, um arquipélago no sudeste dos EUA "após uma década de planejamento e aprovações normativas", de acordo com o comunicado da empresa, apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates.
Nos próximos meses, seis lugares nas Florida Keys "receberão caixas de liberação de machos de Aedes aegypti da Oxitec, que lentamente soltaram seus mosquitos machos que se autolimitam", diz o comunicado.
O projeto, apoiado pelas autoridades locais, consiste em libertar milhões de mosquitos machos com um gene modificado denominado OX5034, que restringe a sobrevivência das fêmeas com as quais se acasalam.
Desta maneira, as fêmeas morreriam antes de crescerem o suficiente para picar e propagar doenças, já que só as fêmeas se alimentam de sangue, enquanto os machos se alimentam de néctares.
A Oxitec ressalta que, embora esta espécie represente apenas 4% da população de mosquitos nas Florida Keys, ela é responsável por quase toda a transmissão de doenças no arquipélago.
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