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Casos de dengue diminuem 62% no Brasil nas primeiras semanas do ano





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O número de casos de dengue diminuiu 62% nas seis primeiras semanas do ano em relação a 2011. Entre 1º de janeiro e 11 de fevereiro foram registrados 40.486 casos da doença, contra 106.373 registrados no mesmo período do ano passado.

Os casos graves também diminuíram 86%, passando de 1.345, em 2011, para 183, em 2012. No ano passado 95 pessoas morreram de dengue, redução de 66% nas mortes comparadas às 32 pessoas que morreram este ano.

De acordo com o Ministério da Saúde, que divulgou os dados na tarde desta segunda-feira (13), vários motivos devem ser levados em conta para a redução. O secretário de Vigilância Sanitária do MS, Jarbas Barbosa, explicou que não há uma explicação concreta e única para os bons resultados.

- A dengue nunca tem explicação para nada. São várias coisas que trabalham em conjunto. São ações das secretarias e agentes de controle para reduzir foco, participação da população, e também aspectos climáticos. Tivemos um janeiro mais frio, com chuva torrencial em vários locais.

Segundo ele, apesar dos dados positivos, ainda é preciso redobrar os cuidados com a dengue, já que o período de casos aumenta nos próximos meses.

- Temos uma notícia boa comparada com o ano passado, mas como ainda estamos na metade de fevereiro precisamos manter o alerta e as ações para que consigamos chegar ao fim do verão com os números positivos. O pico da dengue é entre abril e maio, na metade do verão brasileiro.

Casos

Apesar da redução de casos no país, alguns Estados registraram aumento na incidência da doença.

Tocantins foi o recorde de incidência de casos, 3.450 casos de dengue, sendo 249,4 casos por 100 mil habitantes, mais que o dobro de casos que o mesmo período do ano passado.

Outros Estados que preocupam são o Espírito Santo (incidência de 56,4), Goiás (incidência de 44.8) e Minas Gerais (incidência de 43,6). Ao todo, dez Estados concentram 75% dos casos.

A dengue também está presente em outros 14 países do continente americano, além do Brasil. Na América do Sul alguns países apresentam mais risco de surto, como Bolívia, com quase 3.800 casos e 16 mortes, Colômbia, 2.200 casos e oito mortes, além de Suriname, Equador, Peru e Paraguai.

Risco de surto

Hoje, 356 municípios têm alta presença do mosquito, sendo que 91 deles estão em situação de risco de surto e 265 em alerta. O LIRAa (Levantamento de Infestação do Aedes Aegypti) foi feito pelo ministério em 536 municípios no mesmo período.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o levantamento é importante para que o Estado se prepare e atue nos locais mais urgentes.

- A ideia de que dengue se combate só combatendo mosquito é errada. Com as reduções dos casos desde 2011 conseguimos confirmar para combater a dengue é preciso aliar o controle dos mosquitos com organização do serviço e qualificação dos profissionais.

Os municípios que têm maior risco de surto são Bahia (22), Maranhão (12), São Paulo (12), Paraíba (7) e Goiás (7).

Em cada região, os motivos que levam ao risco de surto são diferentes. No norte a incidência de mosquito está normalmente ligada ao lixo, enquanto que no Nordeste o problema está na distribuição de água e no Sul e Sudeste o mosquito é encontrado normalmente nas casas das pessoas, em locais de armazenamento.

De acordo com o ministro, o Rio de Janeiro pode ter este ano a pior epidemia da sua história, apesar dos números melhores. Isso se deve tanto ao grau de infestação do mosquito, quando à introdução da dengue 4, novo tipo de vírus. - Tivemos vários avanços no Rio. Hoje a parceria entre governo federal, Estados e municípios permitiu que tivéssemos ações antecipadas; a atenção à saúde melhorou, principalmente na cobertura de atenção básica, que foi de 3% a 50% em uma cidade que metade da população depende do SUS; tivemos a criação de pólos de hidratação, entre outras coisas. Desde agosto não temos um óbito no Rio por dengue.



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